O governo do Afeganistão confirmou neste sábado (3) que as forças americanas bombardearam durante a última madrugada um hospital da organização Médicos sem Fronteiras (MSF) na cidade de Kunduz, no norte do país, onde ao menos 19 pessoas morreram e outras 37 ficaram feridas.
Entre os mortos estavam 12 membros da organização, quatro pacientes adultos e três crianças.
A MSF disse que as vítimas mais graves foram transferidas para um hospital regional em Puli Khumri, a cerca de duas horas de distância.
De acordo com o porta-voz do Ministério da Saúde do Afeganistão, Wahidullah Mayar, o centro de saúde ficou “destruído quase em sua totalidade pelo fogo causado após o bombardeio dos EUA”.
O porta-voz das tropas americanas no Afeganistão, o coronel Brian Tribus, reconheceu que um bombardeio dos EUA em Kunduz poderia “ter causado danos colaterais em uma instalação médica próxima”, mas não entrou em detalhes ao acrescentar que o “incidente” estava “sob investigação”.
Na última segunda-feira, membros do grupo radical islâmico Taleban atacaram e tomaram Kunduz, uma cidade estratégica para as comunicações no norte do país, sua conquista mais importante desde que foram removidos do poder durante a invasão de americanos e aliados em 2001.
As tropas afegãs declararam que retomaram a cidade na quarta-feira em um contra-ataque que contou com apoio aéreo dos Estados Unidos, mas, desde então, os confrontos continuam na cidade.
Fonte: Folha