As casas de apostas esportivas presentes no Brasil são já um fenômeno incontornável de nosso futebol e também do setor publicitário e de marketing. O forte crescimento no número de usuários é, simultaneamente, causa e consequência do aumento nos valores de publicidade gerados pelos patrocínios de sites de apostas.
De acordo com Rodrigo Mattos, colunista do UOL, as casas de apostas já estão gerando R$ 3 bilhões em publicidade por ano. Praticamente todos os times da série A do Brasileirãojá criaram algum tipo de parceria publicitária com uma casa de apostas; na maior parte dos casos trata-se do patrocínio “master”, com destaque principal nas camisetas.
Plataformas eletrônicas: facilmente acessíveis via internet
As apostas esportivas são uma “trend” mundial que combina o interesse pelo esporte em geral, e pelo futebol em particular, com o acesso à internet. É muito fácil cadastrar-se (criar conta de usuário), fazer um pequeno depósito em dinheiro, escolher a melhor oddem um jogo de futebol perto de acontecer, apostar e esperar para ver os resultados. Visite-os aqui e veja as demais funcionalidades de uma das plataformas disponíveis no Brasil.
Não se pense que os patrocínios das casas de apostas brasileiras se limitam simplesmente ao torcedor brasileiro. Naturalmente que os operadoresestão conscientes da importância e do potencial do mercado brasileiro em termos de receita e de captação de novos usuários.
Mas o futebol é um fenômeno globalizado, e o campeonato brasileiro gera muito interesse em outras latitudes. Já em 2019 o Placar mencionava a presença de patrocínios chineses em nosso campeonato, dirigidos ao torcedor chinês e em especial aos apostadores esportivos. Muito antes disso já o futebol brasileiro era apresentado, no seriado CaptainTsubasa/Super Campeões, como o melhor do mundo e aquele para onde deveriam ir os jovens jogadores nipônicos que quisessem melhorar seu jogo.
Isso significa que, para as casas de apostas internacionais operando no Brasil, as camisetas de nossos times são uma oportunidade de mostrar sua imagem a torcedores e apostadores de todo o planeta, e em especial da Ásia – o continente onde essas casas esperam encontrar mais clientes no futuro.
Regulação está próxima
O que está faltando ainda é a regulação do regime de apostas de quota fixa criado na Lei 13.756/18, que legalizou a atividade mas não criou, obviamente, todo o sistema de licenciamento e a forma de cálculo do imposto a ser recolhido.
Esse é, de acordo com o ministro da Fazenda Fernando Haddad, um dos temas a resolver com mais urgência; a própria lei previa um prazo máximo de quatro anos, que infelizmente não foi cumprido. Apesar de as autoridades não terem criado obstáculos às empresas para se instalarem no Brasil, gerando confiança no mercado, a não tributação é um custo desnecessário para a Fazenda. Principalmente porque se trata de um setor de atividade no qual as empresas estão totalmente dispostas a colaborar e a pagar os impostos devidos, como o fazem nos mais diversos países onde estão presentes.
A finalização da regulação do regime de apostas esportivas concretizará a implementação plena de uma nova forma de entretenimento, típica do século XXI, e alinhará o Brasil com as melhores práticas dos países desenvolvidos na atualidade.
