Com alta da inflação, renda disponível das famílias cai, revela estudo

Finanças

Imagina que você recebe seu salário e, depois de pagar todas as contas básicas, como aluguel, comida, transporte e luz, sobra menos dinheiro do que antes. É isso que está acontecendo com muitas famílias brasileiras. Um estudo recente da consultoria Tendências mostrou que, com a alta da inflação, a renda disponível – aquele dinheiro que sobra depois dos gastos essenciais – diminuiu em 2024.

Alta da inflação

A alta da inflação significa que os preços das coisas estão subindo mais rápido. Então, mesmo que seu salário não tenha mudado, você consegue comprar menos coisas com ele. A Tendências calculou que, em dezembro de 2024, de cada R$ 100 que as famílias recebiam, apenas R$ 41,90 sobravam depois de pagar os gastos essenciais. Em 2023, essa sobra era um pouco maior, R$ 42,40. Parece pouco, mas faz diferença no fim do mês.

Para entender melhor, vamos usar um exemplo. A fisioterapeuta Karolina Nonato, de 38 anos, moradora de São Paulo, sentiu isso na pele. Ela precisou cortar gastos: o carro ficou mais na garagem por causa do preço do combustível, e ela passou a pesquisar mais para encontrar alimentos mais baratos. Além disso, Karolina e a filha começaram a procurar opções de lazer gratuitas. “Tivemos que fazer muitos ajustes”, contou ela.

O estudo da Tendências

O estudo da Tendências também mostrou que a situação é ainda mais difícil para quem ganha menos. Nas famílias das classes D e E, que têm uma renda média de R$ 3,4 mil, a renda disponível é de apenas R$ 20,60 a cada R$ 100. Ou seja, sobram muito poucos recursos para qualquer imprevisto ou para comprar algo que não seja essencial. Já nas famílias mais ricas (classe A), a sobra é bem maior, R$ 51,50.

“A inflação dos itens essenciais, como comida e transporte, subiu muito em 2024”, explicou Isabela Tavares, economista da Tendências. Ela acrescenta que, mesmo que a inflação geral (medida pelo IPCA) tenha sido de 4,8%, a inflação dos itens essenciais foi ainda maior, 5,8%. Isso significa que esses gastos básicos pesaram mais no orçamento das famílias.

A pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV/Ibre) aponta, também, para o aumento do pessimismo entre os consumidores, tanto para o cenário atual quanto para o futuro da economia. Apesar do cenário, a especialista da Tendências afirma que, para 2025, a expectativa é de que a situação se estabilize. A inflação de alguns itens essenciais deve diminuir, mas outros ainda podem continuar subindo.

Uso da tecnologia

Em outro extremo, o uso da tecnologia, como no caso da fintech Yolo Bank, pode ser uma alternativa. A empresa usa a Inteligência Artificial para analisar o risco de estudantes ficarem inadimplentes com as mensalidades da faculdade. Assim, a fintech oferece descontos para os alunos, ajudando-os a lidar com o orçamento apertado.

O estudo da Tendências, portanto, mostra que a alta da inflação em 2024 teve um impacto significativo na renda disponível das famílias brasileiras, especialmente nas classes D e E, exigindo adaptações e cortes de gastos.

Estudo da Tendências mostra que a alta da inflação reduziu a renda disponível das famílias em 2024. Entenda o impacto nos gastos essenciais!
Alta da inflação: renda disponível das famílias brasileiras diminui
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