Depois de classificar a adversária Marina Silva (PSB) como uma “metamorfose ambulante”, o candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, voltou a alfinetar a rival nesta quarta-feira. Em entrevista à rádio CBN, o tucano afirmou que, na política, é preciso ter um lado – e que o dele sempre foi o de oposição ao governo do PT. “Nunca fui filiado ao PT”, afirmou, em referência a Marina, que pertenceu aos quadros do partido por mais de vinte anos, tendo sido ministra de Lula.
Aécio afirmou ainda que, se hoje Marina defende a política econômica do PSDB, quando no PT votou com o partido contra o Plano Real. “Não tenho dúvidas de que temos um projeto que traz consigo uma enorme coerência”, disse o tucano. “Não estou olhando por sobre a cerca do vizinho”, prosseguiu. Aécio tem acusado Marina de copiar o modelo de gestão tucano. Em coletiva na terça-feira, ele entregou uma cópia do Plano Nacional de Direitos Humanos de 2002, redigido durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, no qual quatro trechos são similares aos da atual cartilha do PSB.
O tucano resolveu atender aos apelos de integrantes de sua campanha, e disparar contra a ex-senadora, que lhe tomou o segundo lugar nas pesquisas. “Tenho uma seleção pronta para entrar em campo. Quem tem uma seleção não pode se contentar com um time de segunda divisão”, afirmou, em referência à equipe de governo de Marina Silva.
Não faltaram críticas também à presidente-candidata Dilma Rousseff (PT) – durante a entrevista, Aécio classificou a petista e a candidata do PSB como as adversárias a serem batidas. Acerca da política econômica que adotaria em um eventual mandado, afirmou: “Não há espaço para maldades. Até porque todas as maldades já foram feitas pelo atual governo”. Disse ainda que a presidente Dilma “já perdeu a eleição”.
Na entrevista, o tucano foi indagado sobre a situação eleitoral em seu Estado, Minas Gerais, cujo candidato de sua coligação, Pimenta da Veiga, que está atrás do candidato petista, ex-ministro Fernando Pimentel, nas pesquisas. E disse que o quadro deverá se reverter, pois sua gestão no governo mineiro (em dois mandatos) trouxe muitos benefícios e avanços à população, principalmente nas áreas sociais, como educação e saúde. “Vencemos as eleições em Minas Gerais não pelo meu sorriso, mas pelo time qualificado que sempre tivemos”, disse.
Fonte:Veja
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