Denominado HIVBr18, o imunizante foi desenvolvido e patenteado pelos pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) Edecio Cunha Neto, Jorge Kalil e Simone Fonseca.
O HIVBr18, assim como outras vacinas em estudo no mundo, tem o objetivo de reduzir a carga viral de pacientes infectados, e não evitar que uma pessoa saudável seja contaminada pelo HIV.
A pesquisa foi baseada no sistema imunológico de um grupo especial de portadores do vírus que mantêm o HIV sob controle por mais tempo e demoram para adoecer. No sangue dessas pessoas, a quantidade de linfócitos T (tipo de células de defesa) do tipo CD4 – o principal alvo do HIV – permanece mais elevada que o normal.
Os pesquisadores já sabiam que que esses linfócitos, chamados de TCD4, acionam outros tipos de células de defesa, os linfócitos do tipo CD8. Esses, por sua vez, produzem toxinas que eliminam células infectadas pelo vírus. Mas estudos mais recentes mostraram que um tipo específico de linfócito TCD4 também tem ação tóxica sobre as células infectadas.
"Os portadores de HIV que tinham as TCD4 citotóxicas conseguiam manter a quantidade de vírus sob controle na fase crônica da doença", contou Cunha Neto à Agência Fapesp.
Os pesquisadores, então, isolaram pequenos pedaços de proteínas (peptídeos) das áreas mais preservadas do vírus HIV – aquelas que se mantêm estáveis em quase todas as cepas. Com auxílio de um programa de computador, selecionaram os peptídeos que tinham mais chance de ser reconhecidos pelos linfócitos TCD4 da maioria dos pacientes. Os 18 peptídeos escolhidos foram recriados em laboratório.
Rosana Faria de Freitas Mitos colesterol 450 Rosana Faria de Freitas Mitos arritmia 450 Rosana Faria de Freitas Mitos autismo 450 Rosana Faria de Freitas Mitos TPM 450 Rosana Faria de Freitas Mitos Cirurgia 450 Rosana Faria de Freitas Mitos enxaqueca 450 Carlos Minuano Somaterapia 350 Chris Bueno Mitos DSTs 400 Chris Bueno Mitos Animais & Saúde 400 Laís Peterlini Dietoterapia Chinesa 200 Sibele Soglia Escoliose 200 Jussara Soares Quem mora sozinho come mal 400 4.650,00
Testes in vitro feitos com amostras de sangue de 32 portadores de HIV com condições genéticas e imunológicas bastante variadas mostraram que, em mais de 90% dos casos, pelo menos um dos peptídeos foi reconhecido pelas células TCD4. Em 40% dos casos, mais de cinco peptídeos foram identificados. Os resultados foram divulgados em 2006 na revista Aids.
Em outro experimento divulgado em 2010 na PLoSOne, em parceria com a pesquisadora Daniela Rosa, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), e Susan Ribeiro, da FMUSP, os peptídeos foram administrados a camundongos geneticamente modificados. Nesse caso, 16 dos 18 peptídeos foram reconhecidos e ativaram tanto os linfócitos TCD4 como os TCD8.
O grupo, então, desenvolveu uma nova versão da vacina com elementos conservados de todos os subtipos do HIV do grupo principal, chamado grupo M, que mostrou-se capaz de induzir respostas imunes contra fragmentos de todos os subtipos testados até o momento. "Os resultados sugerem que uma única vacina poderia, em tese, ser usada em diversas regiões do mundo, onde diferentes subtipos do HIV são prevalentes", afirmou Cunha Neto.
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