A Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi) está investigando seis possíveis casos de reinfeções pelo coronavírus. Estão em análise, em São Paulo, os exames das pessoas que teriam sido contaminadas novamente pelo vírus.
No final de outubro, uma nota técnica foi publicada pelo Ministério da Saúde orientando sobre a conduta em casos suspeitos de reinfecções por Covid-19 no país.
Segundo informações, casos suspeitos de reinfecções acontecem quando uma pessoa tem dois resultados positivos de RT-PCR em tempo real para o vírus ou em tempo superior a 90 dias entre os dois episódios de infecção respiratória, independente da condição clínica observada nos dois episódios.
“Essa reinfecção teria que ter um desses padrões. Primeiro, a confirmação do vírus na primeira infecção através de RT-PCR. Não vale outro exame, teste rápido de antígeno, teste de anticorpos, esses não são considerados”, explica a infectologista Elna Amaral.
Um estudante e morador de Teresina, que preferiu não ser identificado, acredita que pode ter contraído o coronavírus duas vezes. Os exames, segundo ele, mostraram a presença do vírus nas amostras que foram colhidas em julho e, depois, em outubro, ou seja, três meses após a primeira infecção.
“No primeiro exame, em 9 de julho, testei positivo, mas não senti nada. Mas na segunda, em outubro, senti muita dor e cabeça e falta de olfato foi mais difícil, mas jamais pensei que fosse dar positivo novamente”, conta o universitário, que tem 26 anos.
O médico infectologista e membro do Comitê de Operações de Emergência (COE), José Noronha, afirmou que o Lacen já está realizando as análises, que precisam ser avaliadas também fora do Piauí. Ele pede que a população que já foi contaminada não relaxe na medidas de prevenção ao novo coronavírus.
“Se frequente estaria lidando com um quadro de pandemia muito pior do que a gente está tendo hoje, mas não quer dizer que a pessoa possa relaxar depois que ela teve a infecção. Tem que seguir tomando todos cuidados”, alerta.
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