Amarante intensifica sua articulação municipal e a participação juvenil, posicionando o Fórum Comunitário como peça central na estratégia de conquista do Selo UNICEF, um objetivo que o município busca alcançar. O evento, que trabalha a fundo os critérios e eixos do Selo, faz parte de um conjunto de ações que visam sanar as falhas de tentativas anteriores.
A presidente do Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), Janaira Vieira, avalia que o fórum, ao lado da inauguração da Sala do Núcleo de Cidadania de Adolescência (NUCA), representa uma “grande evolução” para Amarante. Ela enfatiza que o município ainda não foi contemplado em edições anteriores devido a “critérios que ainda não tinham sido cumpridos”, a exemplo dos prazos.
A importância da colaboração entre secretarias e a sociedade civil é vista como crucial para o sucesso da iniciativa. A secretária municipal de Educação, Ana Tércia Carvalho, sublinhou que o objetivo do Selo vai além da formalidade, buscando promover “estratégias necessárias para uma sociedade mais harmônica, unida, com convivência, secretarias trabalhando integralmente e de maneira articulada todos juntos”. A secretária ressaltou o poder da ação conjunta ao afirmar: “quando nós encontramos juntos a solução, nós conseguimos realmente realizá-la, tirá-la do papel.”
Nova estratégia e o fórum comunitário
A articuladora do Selo UNICEF 2025 afirmou em Amarante que a expectativa é muito boa, destacando que 80% das ações previstas para 2025 já estão “concluídas,” sendo o Fórum uma delas.
O Fórum Comunitário, segundo ela, é fundamental neste processo de alinhamento. Durante o evento, é feita a apresentação sobre “o que é o Selo”. Conforme explicado por Sheila Regina, são divididos os “sete resultados sistêmicos,” e para cada um deles é elaborado um plano de trabalho, montado “junto com os adolescentes”. Esse planejamento guiará o município nos próximos “três anos”.
O Selo trabalha de forma integral para a criança, utilizando vários eixos e setores. Isso exige uma ação intersetorial envolvendo pastas como “setores da saúde, educação e da assistência social”.
Intersetorialidade e direitos
Janaira Vieira enfatizou a importância do Fórum Comunitário para “fortalecer a intersetorialidade” da rede. Ela defende que, quando a rede de secretarias e conselhos trabalha em conjunto, o propósito de garantir que os direitos da criança e do adolescente sejam “resguardados,” “fortalecidos” e que eles “acessem os seus próprios direitos” é alcançado. A presidente do CMDCA confirmou que a participação das secretarias está “ativa” neste processo, com várias reuniões prévias para viabilizar a agenda do Fórum.
Dácio Martins, secretário municipal de Assistência Social, vê a mobilização como a evolução de um processo iniciado há cerca de “7 ou 8 anos atrás”. O secretário ressalta que o Núcleo de Cidadania de Adolescência (NUCA), que oferece um espaço para os jovens, é onde serão discutidos “vários temas,” incluindo “racismo, meio-ambiente, educação e saúde”.
A expectativa do município é que, a partir dessas discussões e do engajamento dos adolescentes, saiam “belíssimas ideias para que ao final a gente consiga aplicar o nosso município” em políticas públicas voltadas para essa faixa etária. A sala do NUCA é vista, nesse contexto, como “um direito conquistado” e que foi avançado para esse segmento. O secretário Martins lembrou que as discussões do NUCA devem ser levadas a todas as secretarias, como Saúde, Educação, Assistência Social e a Casa da Mulher, garantindo o interesse desses adolescentes.
Fotos: Leomar Duarte | Somos Notícia

Be First to Comment