Uma quadrilha fortemente armada, com cerca de 30 integrantes, tentou, sem sucesso, assaltar os cofres da empresa de transporte de valores Proforte na noite deste domingo (17), na cidade paranaense de Guarapuava. Dois policiais foram baleados. Um deles, atingido na perna, passa bem. O outro, baleado no rosto, encontra-se em coma. Um civil também foi alvejado, mas não corre risco de morte.
“O foco da ação foi a Proforte, mas felizmente eles não obtiveram êxito”, informou o secretário de Segurança Pública do estado, Romulo Marinho Soares, referindo-se às instalações da empresa de transporte de valores onde são guardadas grandes quantias de dinheiro em espécie.
De acordo com as autoridades de segurança do estado, os bandidos colocaram veículos estacionados em frente ao 16º Batalhão de Polícia Militar, na tentativa de bloquear as vias para dificultar o deslocamento de viaturas até o local onde a ação criminosa estava sendo colocada em prática.
Segundo o secretário, a ação ocorreu por volta das 22h deste domingo. “Eles tentaram bloquear a saída das viaturas do batalhão, mas o pessoal que estava em ronda percebeu [a movimentação], o que possibilitou colocarmos o plano de contingência que temos para esse tipo de situação. Fechamos entrada e saída da cidade. Com isso, [os bandidos] tiveram de fugir para a área rural”, disse o secretário.
O prefeito de Guarapuava, Celso Góes, informou que, graças ao plano de contingência, não houve confronto dentro da cidade, e que no contato que teve com o Ministério da Justiça foi informado da liberação de policiais federais e rodoviários federais em apoio às buscas.
Durante a fuga, seis veículos e alguns armamentos foram abandonados. “Sabemos que há meliantes feridos porque identificamos sangue nesses veículos e nas ruas. Nossos helicópteros estão agora tentando localizá-los para fazermos a captura”, disse o prefeito.
De acordo com o comandante da operação, coronel Hudson, há cerca de 200 policiais em apoio às ações, contando reforços da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal. “Entramos em contato com inteligência de outros estados que foram vítimas de crimes semelhantes, como Santa Catarina”, acrescentou
O secretário de Segurança criticou a divulgação de diversas notícias falsas que, segundo ele, teriam sido espalhadas por redes sociais. Esses boatos estariam atrapalhando as investigações, além de prejudicar a rotina da cidade.
Entre as notícias falsas, ele citou a de que os bandidos teriam feito reféns durante a ação, e de que eles teriam capturado líderes de grupos criminosos que estariam na penitenciária local. “Nada disso aconteceu”, garantiu o secretário.
Edição: Fernando Fraga