Ceará deve se destacar entre os maiores produtores de hidrogênio verde do Brasil

Geral

O Ceará, protagonista ao desenvolver a primeira molécula de hidrogênio verde do Brasil e da América Latina, avança para se tornar um hub de energia verde. A produção desse combustível sustentável, obtido por meio da eletrólise da água com fontes limpas de energia, destaca-se como uma estratégia crucial para a descarbonização global.

Diversificação e colaboração no setor de energia

Em meio à crescente busca por alternativas aos combustíveis fósseis, o Ceará, renomado produtor de energia solar e eólica no Brasil, destaca-se nas diretrizes para se tornar um importante exportador de hidrogênio verde para a Europa. O acordo firmado em maio entre o governador Elmano de Freitas e o porto de Roterdã sinaliza um compromisso significativo, estabelecendo um corredor verde para a exportação desse promissor “combustível do futuro.”

Cooperação estratégica e investimentos expressivos

Empresas de renome como AES Brasil, Casa dos Ventos, Havenbedrijf Rotterdam, Fortescue e EDP estão colaborando nessa empreitada. O pioneirismo se concretiza com a concessão da licença para a construção da planta de hidrogênio verde da Fortescue, um projeto ambicioso localizado no Complexo do Pecém. Espera-se que essa instalação produza 837 toneladas diárias de hidrogênio verde, gerando considerável empregabilidade durante a fase de construção.

Marco legal e incentivos fiscais

Em setembro deste ano, o Ceará promulgou a lei estadual nº 18.459/2023, estabelecendo políticas públicas para o desenvolvimento do hidrogênio verde. A legislação visa não apenas criar um ambiente propício, mas também introduzir instrumentos de incentivo fiscal e de crédito. O conselho estadual de governança do hidrogênio verde foi criado para orientar estratégias e ações voltadas ao incentivo da cadeia produtiva.

Sustentabilidade e projeções futuras

O projeto de renovação da cessão de uso das áreas do Complexo do Pecém para iniciativas de transição energética é um passo importante. O Complexo se prepara para ampliar suas operações, visando a exportação de mais de 1 milhão de toneladas de hidrogênio verde até 2030. As reformulações estruturais no píer 2 do complexo portuário sinalizam uma adaptação para movimentação de amônia e hidrogênio verde.

Rumo ao futuro verde

Com mais de 30 memorandos de entendimento assinados, o Ceará projeta investimentos superiores a US$ 8 bilhões em quatro pré-contratos, pavimentando o caminho para um futuro verde e sustentável. A expectativa é que a produção de hidrogênio verde, essencial na agenda mundial de sustentabilidade, inicie em breve, consolidando o Ceará como um hub relevante nesse cenário promissor.

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