A primeira semana de julho se apresenta com uma agenda econômica de peso, especialmente focada nos Estados Unidos, onde o mercado se prepara para analisar de perto os números do mercado de trabalho. O tão aguardado relatório payroll de junho, considerado um dos principais termômetros da economia americana, será divulgado na quinta-feira, dia 3, devido ao feriado da Independência na sexta-feira, dia 4.
A divulgação tem o potencial de influenciar as próximas decisões do Federal Reserve sobre um possível corte de juros no segundo semestre. Além do payroll, outros dados importantes sobre o emprego, como os índices ISM, JOLTS e ADP, também serão publicados nos EUA, fornecendo um panorama ainda mais completo sobre o cenário de trabalho.
No Brasil, a semana também promete ser agitada com a divulgação de uma série de estatísticas fiscais e de atividade econômica. O objetivo é avaliar o desempenho da economia brasileira no segundo trimestre. Entre os pontos de atenção, destacam-se os dados do Caged de maio, que detalham a geração de empregos formais, a produção industrial divulgada pelo IBGE, o balanço orçamentário e as estatísticas fiscais do setor público.
A leitura de índices de preços, como o IPP, o IVAR e o IPC da Fipe, também contribuirá para um cenário mais claro sobre a inflação nos próximos meses. Adicionalmente, os PMIs industriais e de serviços, tanto no Brasil quanto nos EUA, devem oferecer insights sobre o ritmo da atividade econômica global em um ambiente de juros elevados.
A zona do euro também terá sua relevância, com discursos da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, durante o Fórum de Sintra. É importante notar que o mercado global pode operar com menor liquidez a partir de quinta-feira, devido ao feriado nos EUA, o que pode gerar forte volatilidade, especialmente na véspera do 4 de julho, um dia carregado de indicadores. Os dados a serem divulgados ao longo da semana serão cruciais para moldar as expectativas sobre juros, inflação e crescimento até o final do ano.

