“Grandes mudanças não acontecem quando a sociedade adota novas ferramentas. Acontecem quando a sociedade adota novos comportamentos”. A afirmação é do professor da Universidade de New York, Clay Shirk, e refere-se aos inúmeros meios de comunicação social. No entanto, ela serve muito bem para elucidar uma característica comum na agricultura brasileira.
Os cultivos, sejam eles de qualquer cultura, possuem ferramentas bem constituídas para estabelecer atividades em sintonia com a responsabilidade socioambiental e as boas práticas agrícolas, mas apenas a instituição de regras ou fornecimento de tecnologias não é garantia da utilização correta e permanente desses recursos. É certo que o respeito às normas é fundamental. Mas é principalmente o diálogo, conscientização e capacitação dos profissionais do setor que incentivam e viabilizam a adoção de práticas agrícolas sustentáveis. Para isso, é preciso, de fato, que os profissionais envolvidos entendam e abracem o conceito de responsabilidade social e ambiental e os benefícios que podem ser conquistados a partir de todo este processo que podemos chamar de Agricultura Sustentável.
Para proteger as famílias e os campos brasileiros, é preciso tecnologia de ponta e produtos eficazes, mas, é necessário acima de tudo de informação, conhecimento e educação para a família rural. Ao difundir os hábitos sustentáveis, é possível instituir uma nova mentalidade voltada à adoção de boas práticas e diminuir de maneira significativa os danos à saúde, ambiente e qualidade de vida dos profissionais envolvidos, bem como minimizar os impactos ao meio ambiente.
José Augusto S. de Oliveira (Cabeça)
Técnico Agrícola
Especialista em Irrigação e Drenagem
Membro Inovagri
Colaborador Greenpeace Brasil